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HENRIQUES, Guilherme João Carlos, (1846 – 1924). Proprietário e historiador. William John Charles Henry nasceu em Londres no dia 27 de Março de 1846, filho de John Smith Athelstane e de Sarah Judge. Foi casado com D. Maria de Jesus Henriques, de cujo matrimónio nasceram cinco filhos.
William Henry veio para Portugal em 1860 na companhia de seu “padrinho” John Smith Athelstane, diplomata e investigador, mais tarde Conde da Carnota, que o baptizou para a igreja católica no Convento dos Inglesinhos, tendo sido seu verdadeiro padrinho João Carlos de Saldanha Oliveira e Daun, Duque de Saldanha, genro e grande amigo de John Athelstane e de quem Henriques recebeu o segundo e terceiro nomes. Segundo descendentes actuais, Henriques, o “inglês da Carnota” como popularmente era conhecido, seria, na realidade, filho de um casamento de John Athelstane com Sarah Judge. Do Conde da Carnota, título com que John Athelstane havia sido agraciado por D. Luís I em 1870, viria Guilherme Henriques a herdar a propriedade com esse nome, que, no passado, fora o convento franciscano de Santa Catarina.
A sua actividade como historiador ter-se-ia iniciado quando dispensou a Athelstane colaboração na segunda edição “bastante alterada”, da obra The Marquis of Pombal by the Conde da Carnota publicada em Londres em 1871, Data de 1873 a sua primeira publicação Alenquer e o seu Concelho, a qual, pelo sucesso alcançado, lhe valeu uma Comenda da Ordem de Cristo. Essa obra, ainda hoje relevante para quem se interesse pelo passado do concelho de Alenquer, conheceu novas edições, aumentadas, em 1901 e 1902.
A sua bibliografia completa inclui, ainda: The Truth, or Portugal Under a Liberal Governement (Londres, 1872), Princípe de Gales (Lisboa, 1876), Novo Guia Luso-Brasileiro do Viajante na Europa (Lisboa, 1876), Inéditos Goesianos, 2 Volumes (1896 e 1898), Georges Buchanan in the Lisbon Inquisition (Lisboa, 1906), Descrição do Convento de Nossa Senhora dos Remédios dos Carmelitas Descalços (Lisboa 1910) e Bibliografia Goesiana, separata dos n.ºs 2 e 3 do “Boletim da Sociedade de Bibliófilos Diogo Barbosa Machado” (1911). Intensa foi, também, a sua colaboração em revistas e jornais da época.
Na biblioteca da sua quinta da Carnota recolheu Henriques “uma preciosa colecção de cartas dirigidas ao Marechal Saldanha por todas as personalidades mais notáveis do seu tempo”, material que, em parte, lhe permitiu editar 3 volumes sob o título Correspondência do Marechal Duque de Saldanha (1904, 5 e 6). Os originais desta correspondência foram por si doados à Biblioteca Nacional, onde constituem a preciosa “Colecção Carnotense”, essencial ao entendimento duma época que conduziu à consolidação da monarquia constitucional.
Muito estimado no concelho que o acolheu e cuja história desbravou, faleceu na sua Quinta da Carnota no dia 22 de Maio de 1924.

HENRIQUES, João Anastácio de Carvalhosa, (1785 - ?). Homem de Leis e agricultor. Nasceu na Quinta do Rocio, Cortegana, no dia 11 de Maio de 1785. Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, foi Juíz de Fóra em Sesimbra (1809), Desembargador da Relação do Porto, Provedor das Comarcas do Algarve (1817) e pertenceu ao Conselho da Rainha D. Maria II. Foi feito cavaleiro da Ordem de Cristo em 1815. João Anastácio casou com D. Ana José de Carvalho e Silva (Pena. Lisboa, 17.06.1812), de S. Pedro de Grilhões, Mafra, casamento do qual nasceram Maria do Carmo, Maria da Conceição e Maria José Carvalhosa Henriques que foi senhora da Quinta do Rocio e casou Manuel António de Carvalho, 1.º Barão de Chanceleiros, pai de Sebastião José de Carvalho, Visconde de Chanceleiros.

HENRIQUES, Manuel, (.... – 1918). Militar. Natural de Olhalvo, freguesia de Olhalvo. Soldado do Regimento de Infantaria n.º 16, morto em combate em França no dia 8 de Maio de 1918.

HERMANO, Manuel, (.... – 1918). Militar. Natural da freguesia de Carnota. Soldado do Regimento de Infantaria n.º 16, morto em combate em Moçambique no dia 5 de Abril de 1917.

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